Postagens

Mostrando postagens de maio, 2016

Bullying X Associabilidade

O bullying abre feridas demasiadas dolorosas e  pode interferir comportamento daquele que sofre a agressão. A associabilidade com outras pessoas e a insegurança podem derivar de retaliações vividas em alguma fase da vida, ainda mais se foi vivida na infância. Como lidar com isso? Prévia: Durante toda minha infância e adolescência passei por criticas, julgamentos, fui desmoralizado, assim como já expliquei em textos anteriores. Isso começou me afetar muito cedo, mas não consegui perceber a tempo de reverter na época. Acreditava que o erro estava em mim e que tinha eu que mudar atitudes e estado comportamental. Por várias vezes tentei "entrar na fôrma", mas em todas elas, saí machucado. Após tantas vezes ser criticado, não queria mais sair de casa, pois acreditava que os outros também iriam rir da minha cara por seus achismos, assim como os grupinhos maldosos do colégio. Diferente da maioria dos adolescentes, não frequentei muitas baladas, na verdade só uma que foi no colégi

Parte 4 - Um ciclo termina

Seria o ultimo ano no colégio e por um lado eu ficava triste. Era o fim de uma fase. Por mais que eu tinha sofrido muito mentalmente, tinha recordações boas. Sabia que sentiria falta de alguns amigos, colegas, professores e funcionários. Do confinamento, das brincadeiras, das conversas jogadas foras, dos segredos, das descobertas que vivi com aquelas pessoas. Era o encerramento de um ciclo. No dia 1 de fevereiro de 2014 comecei a trabalhar como auxiliar de depósito numa loja de materiais de construção. Enfim, agora eu teria de mudar de turno no colégio. Fui para a turma da noite. Eu esperava ser realmente odiado, destratado e sofrer com o bullying mais uma vez, só que dessa vez num grau maior. Imagina que seriam pessoas mais cruéis, pessoas que preferiam estudar a noite por terem encalhado no colégio e gostarem de infernizar a vida dos outros. Criei meu mostro do terceiro ano noturno. Mas adivinhem, eu não fui sozinho. A minha amiga de personalidade forte também decidiu passar par

Parte 3 - A arrogância e a perca de peso

Imagem
Nos últimos meses de 2010, quando eu estava na sétima série, decidi emagrecer para ver se a sorte brilhava pra mim, a sorte, mas se me encaixava. Magro, teria eu mais chances de ter alguma menina olhando com outros olhos pra mim? Não naquele colégio. Além disso, outro fato importante foi quando aconteceu uma pesagem de todos os alunos da sala. Resultado: Eu estava pesando 72 kg, tendo 1,69 de altura, algumas espinhas na cara e um cabelo de índio. Os xingamentos e os cochichos continuavam, e mais alguém se encasquetou comigo, ele me lembrava o menino da sexta série (que parou de estudar), era o mandão da turma. Enfim, eu precisava emagrecer e ser "alguém melhor".

Parte 2 - A Ascensão

Imagem
Minha vida já estava conturbada mentalmente. Minha mãe tinha falecido, minha irmã teve que seguir o rumo dela na cidade em qual morava, meu irmão trabalhava direto e meu pai precisava reviver. De certa forma  meus problemas familiares afetaram minha conduta no colégio. Eu estava na quinta série, turma que é a menor do colégio, na maioria dos termos. Eu queria fazer amigos, mas não tinha chances, ainda mais quando os pré-adolescentes estão vivendo a fase de tribos (grupinhos). As patricinhas ficavam de um lado, os mauricinhos de outro, os nerds não se misturavam, os repetentes (como eu me intimido com essas pessoas) comandavam a sala, mandavam, desmandavam e ameaçavam. Eu bem que tentei me enturmar, mas as duas meninas mais próximas de mim tiveram que seguir outro caminho; uma foi embora da cidade e a outra foi para o turno da tarde. Me restou ser amigo de um menino tímido que tinha medo de se expressar e uma menina que não sorria quase nunca, ou seja, eu estava entre os esquecidos

Parte 1 - O Início

Sou o filho mais novo entre três irmãos. Minha irmã é 12 anos mais velha, e meu irmão 11 anos, ou seja, era o xodó da família. Meu pai trabalhava o dia todo e minha mãe cuidava da casa. Diferente de muitas crianças eu não frequentei a creche e o pré-escolar. Com 7 anos de idade fui direto para a primeira sala. Eu logo tive a característica de ser acima do peso, era um gordinho de cabelo tijelinha (o cabelo era elogiado) e tinha o nome de João. Logo os colegas de classe tinham que fazer alguma piadinha, por mais inocente que fosse atingia na minha mente. Quando não era "João e o Pé de Feijão", era "Gordo, baleia, saco de areia". Hoje em dia esses apelidos não me abalam, pois não é pesado perante outros insultos, é simples. Eu era realmente um garoto sensível e tímido, mas me transformaram. Era amoroso e me compadecia com as pessoas de rua, com os animais abandonados e com a história realista e triste dos outros, me deixaram um pouco frio. Reprovei de ano na se